Por Suzete Aché
Um dos símbolos mais importantes dos Jogos Olímpicos, a tocha que percorre vários países e é transportada por diversas personalidades durante seu percurso até acender a pira que dá início à cerimônia de abertura e tem sido uma tradição desde o século XX. Ela representa a lenda da mitologia grega na qual de Prometeu teria roubado o fogo sagrado dos deuses para entregá-lo a todos os mortais. Em 1936 o artefato ganhou forma e tem atraído a admiração do mundo a cada edição, criadas por designers escolhidos pelas cidades sede.
Este ano a missão coube ao francês Mathieu Lehanneur, eleito também como designer do ano pelo salão profissional Maison&Objet . Na concepção da peça, que pesa cerca de dois quilos e foi feita de aço reciclado, ele usou três pilares: igualdade, água e paz. Mathieu confessa que se inspirou nas ondulações das águas do Sena e num desenho que transmitisse tranquilidade, sem interferências que tirassem a atenção, mas que tivesse o simbolismo necessário à cerimônia.
Nascido em 1974, Lehanneur pensou em cursar medicina, mas interessou-se pelo design e procura criar seus produtos não somente em função da forma, mas pensando na maneira como serão usados. Um de seus projetos, quando ainda estava terminando os estudos visava o design de remédios e foi considerado tão inovador que faz parte da coleção permanente do MOMA – Museu de Arte Moderna de Nova York. Sempre pensando do bem-estar das pessoas, ele também criou um sistema de filtragem vegetal chamado Andrea, que utiliza plantas para melhorar a qualidade do ar.
A maioria de seus trabalhos são inspirados na natureza, ciência, história e tecnologia além de estar envolvido na criação de inúmeras startups no campo da tecnologia e mobilidade urbana. Em sua Factory ele produz todas as suas peças que são distribuídas no mundo inteiro.
Fotos: Divulgação Mathieu Lehanneur
